sábado, 31 de outubro de 2015

O dia em que fui à Madeira e voltei no espaço de 3 horas (ou de como há uma primeira vez para tudo)

Tínhamos viagem marcada para ir de fim-de-semana à Madeira. O meu pai, que andou fora em trabalho, também regressava ontem de Londres para a Madeira. Era suposto ele ter chegado uma hora antes do nosso voo levantar. Desliguei o telemóvel para fazer a minha viagem, ainda sem notícias dele. Já no avião, o piloto deu-nos as boas vindas e disse logo que os ventos na Madeira estavam muito fortes. Ah, que coisa boa de se ouvir quando se está dentro dum avião!
Uma hora e pouco de voo depois, praticamente sem termos passado por nenhuma turbulência, fala-nos outra vez o comandante para dizer que os ventos na Madeira estavam acima do permitido para aterrarmos, pelo que íamos andar às voltas durante pouco mais de 30 minutos (que era a gasolina que o avião tinha disponível para ficar a aguardar) e, caso o cenário não melhorasse, voltaríamos para Lisboa. A rapariga que estava ao meu lado, sozinha e provavelmente estudante, ficou com um ar desesperado (eu sempre tinha a companhia do senhor meu namorado, que é tão, mas tão calmo em qualquer situação que chega a enervar. quanta insensibilidade, credo! ainda se deu ao luxo de gozar comigo e tudo, mas adiante). Fiz uma festa no braço da miúda e disse-lhe que ia correr tudo bem. Daí a poucos minutos acobardei-me e ainda soltei umas lágrimas (mas tudo muito discreto, acho que ninguém reparou). Porque naquele momento havia dois cenários possíveis: ou regressava a Lisboa e deixava a minha mãe e os meus avós desolados (são quem não está comigo há mais tempo, três meses), ou íamos ter uma aterragem infernal, e eu ia ficar com um trauma para a vida (e eu, enquanto ilhéu (ilhoa...? credo, palavra feia!), não me posso dar ao "luxo" de ganhar um trauma em relação a viagens de avião). Enquanto isto, continuávamos sem ver nada pela janela (só vimos mesmo terra ao longe, por duas vezes), e sem turbulência nenhuma (já tive muitas viagens bem piores em termos de turbulência). Passados uns 50 minutos, o capitão voltou a falar, para dizer que estávamos a voltar para Lisboa, e que ninguém ia aterrar na Madeira naquela noite. 


Não posso dizer que não senti um alívio enorme. Não estava preparada para tentativas falhadas (e traumatizantes) de aterragem. Já só pensava no meu pai (se tinha aterrado, se não, se tinha corrido tudo bem) e na minha mãe (se tinha ido esperar por nós para o aeroporto, coitadinha). A tripulação foi sempre impecável (retirando o facto de não nos terem dado nada para comer, mas pronto, numa companhia low cost não se podia contar com muito nesse aspeto).
Chegados a Lisboa, ainda dei um abraço no meu pai (que também não conseguiu aterrar na Madeira), e foi-nos dada a opção de ir para a Madeira hoje à hora de almoço (e de dormir num hotel, para quem quisesse/precisasse). Na falta de alternativa aparente (disseram-nos, quando aterrámos, que podíamos adiar a viagem sem custos, mas na internet só nos aparecia essa opção com custos (elevadíssimos) associados, e o centro de atendimento telefónico só funciona durante a semana. tão útil nestes casos), ainda fomos outra vez para o aeroporto hoje, preparados para embarcar. 
Estávamos à espera de encontrar um caos no Terminal 2, mas, incrivelmente, o balcão de apoio ao cliente da Easyjet estava vazio. Fomos lá tentar a nossa sorte e conseguimos o que queríamos: mudaram-nos a viagem para o próximo fim-de-semana (sem cobrar nada). Toca de dar mais um abracinho ao senhor meu pai (que acabou de chegar à Madeira, depois de ter saído de Londres ontem às 14h, coitadinho) e voltar para casa, esperando que na próxima sexta-feira o senhor S. Pedro seja nosso amigo e me deixei ir matar as saudades todas sem me deixar com traumas.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Avizinha-se um fim-de-semana com doses industriais de mimo

(foto da minha Madeira, tirada por mim)

Que é como quem diz: alguém vai à Madeira matar saudades!

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Eu tenho dois amores


Há coisa de dois anos que o meu dia preferido da semana é a terça, porque é o dia em que tenho a minha maravilhosa aula de Sh Bam, com o meu professor igualmente maravilhoso. De há umas semanas para cá o meu gym tem aula de Zumba à quinta feira, num horário que (finalmente!) me dá jeito, com um professor também espetacular. 
E o meu coração está completamente dividido: não sei de qual das duas aulas gosto mais. O que sei é que, muito provavelmente, com professores como estes dois, eu poderia dançar qualquer coisa e ser uma pessoa feliz (e tão, mas tão mais feliz do que quando estou a levantar pesos ou fazer abdominais!).

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Das desilusões desta vida

E a Mango, que nesta coleção não há maneira de fazer aqueles maravilhosos fins-de-semana com tudo a 30% de desconto? Não se parte assim o coração de uma cliente tão devota.







[Estas peças devem ser para aí 5% da minha wishlist]

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Das compras online

Se até há pouco tempo eu era menina para não arriscar comprar nada na Internet sem ter experimentado primeiro, de há uns tempos para cá farto-me de arriscar. Seja porque há imensas peças (aparentemente) lindas que vejo na Internet e não encontro nas lojas, seja porque aparece uma promoção online e eu decido aproveitar. Mas só o faço em lojas que tenham sede europeia (não estou para ter chatices a desalfandegar encomendas) e em que o processo de devolução seja simples e, de preferência, gratuito. 
Há uns dias a Pepe Jeans fez 30% de desconto em tudo, durante umas horas apenas. Perdi a cabeça e decidi arriscar: comprei dois vestidos sem nunca os ter visto antes na loja.



Escolhi o tamanho mais pequeno dos dois modelos (outra vantagem das lojas online: encontrar um xxs numa loja física quase só por milagre) e eles, de facto, são lindos ao vivo, mas não me ficavam, em nada, como nas modelos do site. Lá tive que os devolver, meia desgostosa.

Entretanto fiz o mesmo com um macacão lindo da H&M, que vi  numa blogger cujo estilo aprecio bastante (The Black Blush) e gostei tanto de a ver com ele que decidi arriscar (aliás, acho que fosse pelas fotos do site nem me teria chamado atenção).

E desta vez acertei (a parte gira foi ter comprado na véspera de ele ter entrado em promoção, mas adiante). 

Ainda deu para estreá-lo na semana passada, mas cheira-me que agora só volta a ver a luz do dia na primavera (snif).

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Dos discursos motivadores



Colega de trabalho (que provavelmente não percebe nada de desporto em geral, nem de corrida em particular), com a naturalidade de quem pergunta se fomos passear ontem a Sintra:
- Então, o que é que fizeram mesmo ontem? A Maratona?
- Errr...não. Foram "só" os 20 km de Almeirim.
- Ah! E em quanto tempo fizeram?
- Em duas horas.
- O que importa é participar, não é?
Isto dito por um atleta de alta competição teria sido mau, mas vindo de alguém que não deve conseguir fazer 2 km seguidos é só maravilhoso. (e fofinho. tão fofinho!)

domingo, 25 de outubro de 2015

Os meus primeiros 20km em corrida

[peço desculpa a quem não tem o mínimo interesse neste assunto, mas este é um feito demasiado especial na minha vida para não ficar registado. e ao pormenor.]


Foi em julho que decidimos (eu e algumas das pessoas do meu grupo de corrida) inscrever-nos nos 20 km de Almeirim. O número "20" parecia-me um ato de loucura, mas não foi assim tanto porque se há pessoa que tem treinado a sério, sou eu. De há uns meses para cá faço os mais variados treinos (desde coisas mais leves como dança, a exercícios e aulas com musculação) entre 5 a 6 vezes por semana, sendo que todas as semanas corro uma vez, entre 10 e 15 km por regra (acima disso corri uma vez 16, uma 17 e uma 18 km. mais que isso nunca tinha feito). Quando disse à minha mãe que ia fazer esta corrida ela saíu-se com um "Coitadinha da minha filhinha". Achei um piadão, parecia que alguém me tinha obrigado =).

A t-shirt oficial da corrida. Ah pois é, cor de rosa para toda a gente (se bem que, para dizer a verdade, não vi quase ninguém com ela vestida).


Ia preparada para correr sozinha, porque fui com colegas que estão num campeonato muito mais à frente que o meu, e os outros, os mais próximos de mim, iam sem ter treinado mais que 10 km. Apetrechei-me de música, de um boné (que, estranhamente, também dá bastante jeito quando chove, para não levarmos com a chuva diretamente na cara) e segui caminho, sozinha. 


Choveu durante os primeiros 9 km (nada de torrencial) e eu ia com as sapatilhas ensopadas, mas nada de muito desagradável (e sabem que mais? correr com chuva é assim mil vezes melhor do que correr com sol.). Não havia vento e a temperatura estava mesmo no ponto. 
Fui sempre num ritmo confortável. Tinha o desejo de não ultrapassar as 2 horas, mas, mais importante que isso, queria desfrutar da corrida, e não ir em sofrimento. E assim foi. Por volta do 6º km tive uma agradável surpresa: a colega que me costuma acompanhar sempre, e que estava para trás, alcançou-me e não nos separámos mais. Fomos o tempo quase todo à conversa e nem demos pelo tempo passar, até chegar ao 16º km. Aí não só o sol decidiu dar um pequeno ar de sua graça, como as pernas começaram a pesar ligeiramente. Mas eu continuava a sentir-me super bem (muito melhor do que noutras corridas de 10 e 15 km que já fiz) e cheia de vontade de chegar ao fim. Cheguei aos 19 km de tal forma bem que decidi acelerar, para garantir que não ultrapassava as duas horas aos 20km. E consegui, por muito pouco, mas consegui. Eu con-se-gui!

Cá está a prova.


Eu, que sempre fui a penúltima pessoa a ser escolhida para formar equipa nas aulas de Educação Física, na escola, corri os meus primeiros 20 km. E consegui tirar (muito) prazer disso ao longo de todo o percurso. É muita felicidade junta!


E depois de 20 km, nada como comer uma bela caralhota (que eu não conhecia e, ao que parece, é um pão típico de Almeirim, mas para mim tem o mesmo aspeto e sabor de muitos que já comi, mas com outro nome. o que não quer dizer que não seja bom, que é) a acompanhar uma sopa da pedra.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Numa próxima vida


Vou acordar cedo para ir correr antes do trabalho.
Vou comer manteiga de amendoim com a mesma alegria de quem se afiambra a uma tablete de chocolate (de leite, claro, que são as menos aconselhadas).
Vou adorar alface.
Vou ter coragem para gastar quase 3€ num pacote de leite de amêndoas ou de aveia (ou fazem 60% de desconto no mínimo, ou venha o leite de soja da marca do Continente que também é bom).
Vou ser fã das aulas de Body Pump, como sou do Zumba e do Sh Bam [são as duas aulas de dança].
Vou correr feliz da vida em qualquer circunstância, faça chuva ou estejam 35º C.
Vou delirar com uma taça de gelatina ou uma peça de fruta como sobremesa (como deliro com um bom pedaço de chocolate).
Vou adorar comer barras de proteína (experimentei recentemente duas diferentes e, cruzes credo, que a textura daquilo dá mais trabalho a mastigar do que muitos exercícios de musculação!).

Numa próxima vida, quem sabe, vou ser uma fit que se preze.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Coisas que alegram a minha existência


Esta série é tão, mas tão boa! 

[E eu, de cada vez que acabo uma temporada e fico sem mais episódios para ver, fico à beira de entrar em depressão.]

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dramas domésticos #6 (ou da solidariedade masculina)


Pergunta-me ele, da cozinha, ontem à noite:
- Queres que descongele croissants para o pequeno-almoço de amanhã?
Resposta minha:
- Eu nunca vou conseguir ter o rabo rijo enquanto namorar contigo, pois não? Passas a vida a pôr-me tentações à frente do nariz!
Ao que ele me responde:
- Então posso tirar só um para mim? É que o meu rabo cá está bom.
Tão solidário (e amoroso!) que é este meu homem. 

[e eu confesso que fiquei sem resposta. desatei à gargalhada, não deu para resistir.]

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Dos sacrifícios a que uma pessoa se sujeita por amor



Segundo o senhor meu namorado, a minha vida tinha uma grande falha por corrigir: nunca vi o filme O Padrinho
Ora, tendo em conta que o assunto máfia não é propriamente algo que me deixe aos pulos de entusiasmo, decidi fazer o que gosto de fazer sempre antes de ver grandes filmes que têm também livro (e ainda por cima este tem grande cotação no Goodreads): pegar no livro primeiro.
As primeiras 200 páginas custaram-me um bocado, confesso, mas daí para a frente (e com a ajuda de duas viagens infindáveis de comboio e um fim de semana carregado de chuva) fui entrando no ritmo e até li o livro com bastante interesse (principalmente as partes que não focavam a atividade da máfia, curiosamente). 
Não me fascinou porque, como já disse, é um tema que não me cativa particularmente, mas até gostei bastante. Agora falta a pior parte: ver os três filmes, de 3 horas cada (ou coisa que o valha). As coisas que uma pessoa faz por amor...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Um dó li tá





Ou então pode ser um par de cada. Da Lemon Jelly (que sempre que chega ao outono/inverno decide complicar-me a vida desta maneira).

domingo, 18 de outubro de 2015

É demasiada fofura junta


Madame sobrinha fez dois anos em Agosto. E eu acho um piadão ao facto de ela ainda mal falar, mas já o fazer, notoriamente, com pronúncia do norte. Coisa mais adorável!

[E pensar que daqui a uns anos devem ser os meus filhos a fazer o mesmo. Não tenho nada contra, não me interpretem mal, mas confesso que, enquanto madeirense, até conhecer senhor namorado nunca tinha imaginado tal cenário para a minha vida ;)].

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Vaidades

E o bem que sabe usar roupa nova?

Sapatunfos novos, da Gardenia.

Top da Zara.

Finalmente encontrei as calças vermelhas que procurei durante meses (em promoção online na Salsa).

E o macacão mais lindo, da Zara.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A minha terapia

Não tem sido uma semana maravilhosa, esta. Entre outras coisas, foi-me atribuída uma tarefa no trabalho que me tem deixado num stress imenso. Ontem fiz a parte mais complicada do trabalho e cheguei ao final do dia com a cabeça em água. E quando isso acontece, tudo o que mais me apetece quando saio do trabalho é isto: correr. Quando corro, acompanhada pela minha música e os meus pensamentos, todos os problemas ficam pequeninos (pelo menos durante o tempo em que estou a correr).
O meu objetivo era fazer mais de 15km, já que me inscrevi para uma corrida de 20km no final deste mês. Comecei a correr passava pouco das 18h, e estava com uma energia como há muito não tinha (as temperaturas que têm estado são uma ajuda ótima). Fui praticamente de Santa Apolónia até à Torre de Belém e juro que tive que me obrigar a voltar para trás (porque já não havia sinais de sol quando lá cheguei e eu ia sozinha), de tão bem que me estava a saber. Vi anoitecer em Lisboa, à beira rio, e foi maravilhoso. Tão lindo! Fiz a última parte do percurso já de noite (mas sempre a cruzar-me com pessoas, não deu para ter medo nenhum) e cheguei ao final de 17 km já com algum cansaço nas pernas, sem dúvida, mas tão satisfeita e com a cabeça tão mais leve. Foram, sem sombra de dúvida, os melhores 100 minutos do meu dia.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Hoje é um desses dias


Há dias em que detesto, com todas as minhas forças, aquilo que faço profissionalmente.


[isto logo, logo me passa. ah, como eu estou a precisar de uma corridinha para oxigenar o cérebro!]

Decisions, decisions...


O meu próximo aniversário (daqui a pouco mais de três meses) será num domingo. Estava a pensar comemorá-lo fazendo algo diferente. 
Primeiro ocorreu-me uma escapadela de fim-de-semana algures por essa Europa fora. Depois cruzei-me com dois programas que me trocaram completamente as voltas: Meia Maratona do Funchal, e Corrida do Fim da Europa, ambas agendadas para o dia 31 de janeiro de 2016 (exatamente o dia do meu aniversário). E comecei a achar que é um sinal de que seria giro começar o meu dia de anos a correr.

[sanidade mental: procura-se. a quem a encontrar, pede-se o favor de a devolver]

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dramas domésticos #5


(ou da sensibilidade masculina no seu auge)
Mando um e-mail com o seguinte teor ao senhor meu namorado:
- Abriram as reservas para a Restaurant Week!! Queres o restaurante x ou o y? [notem que lhe facilitei escolha, com triagem prévia dos menus] Almoço ou jantar? Sábado ou Domingo?
Resposta fofinha dele:
- Pode ser.
Por que será que me cheira que eu podia ter perguntado se ele queria ir a pé até Paris que a resposta ia ser exatamente a mesma? Fofiiiinho!

[não fosse eu tão lambona e o que ele merecia era não irmos a restaurante nenhum, para ele ver o que é bom para a tosse. mas para isso era preciso eu ter força para resistir. pois...]

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Do fim-de-semana



O Joaquín deu-me a desculpa que eu precisava para passar dois dias muito caseiros entre leituras, séries e muitas calorias.
A sexta-feira acabou com uma ida ao gym e uma receção em casa com uma bela pratada de sushi.
No sábado, as saídas limitaram-se a uma ida ao supermercado para abastecer para a semana. Perdi a conta à quantidade de episódios de séries que vi (entre The Middle, Breaking Bad e Hart of Dixie, que terminei finalmente e que nunca me deixou especialmente fã). Entretanto comecei a ler "A rapariga no comboio" e já o deixei praticamente a meio.
O dia de ontem teve direito a ida ao gym (depois de tomarmos o meu pequeno-almoço preferido de Lisboa) e a arrumações (já arrumei as sandálias e demais roupa de verão e desempacotei botas e afins. conformei-me que o verão já era, portanto. agora vê lá se tens juízo, sim, senhor S. Pedro?) e a mais séries e mais leitura. Tanto que terminei o livro que tinha começado na véspera. 
Não é uma obra prima e tornou-se previsível numa dada altura (para dizer a verdade eu estava obcecada com isto desde metade do livro, já que já tinha lido n comentários a dizer que o livro é previsível, e já só pensava "ai de mim se também não descubro quem é o culpado antes de ser relevado"), mas é de leitura super fácil (compulsiva até, diria eu) e consegue prender completamente do início ao fim, pelo que lhe dei 4 estrelas no Goodreads.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

E a sexta-feira tornou-se um dia ainda melhor


Não é que este dia precisasse de ajuda para ser especial, mas agora que comecei um curso de inglês, no trabalho, à sexta, ficou ainda melhor. Passaram a ser, sem dúvida, as melhores duas horas da minha semana de trabalho.
Cada dia que passa gosto mais de aprender línguas estrangeiras (ou de aprofundar as que já sei, porque o cérebro tem os seus limites e acho que já me chegam as que sei). E cada dia que passa desconfio mais de que seria esta área que me faria mesmo feliz a nível profissional.


[nunca é tarde para mudar, eu sei. mas o comodismo é tramado. oh se é...]

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Do programa da tarde de ontem

O pano de fundo da nossa corrida. Um dos meus preferidos.

Não liguei a aplicação que costumo usar para correr. Sei que foram à volta de 10 km porque conheço aquele percurso de cor e salteado. Sei também que fomos mais devagar do que costumo ir, a conversar o tempo todo, e se vos disser que cheguei a casa tão cansada como se tivesse vindo diretamente do trabalho para casa não estarei a exagerar. O cansaço era pouco ou nenhum (a diferença que fizeram a temperatura e o ter diminuído um pouco a minha velocidade habitual! cheguei a casa a pensar que se for assim devagarinho num dia de temperaturas amenas, faço os 20 km que me esperam para breve com bastante facilidade até).
Sabem aquelas pessoas que estão sempre com um sorriso na cara e de bem com a vida? É assim a minha amiga, desde que a conheço (e já lá vão muitos anos). Conversámos o tempo todo e nem dei pelo tempo passar. Não corria acompanhada há já algum tempo, e soube tão bem!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Das amizades (e do desporto)

Durante o 2º ciclo de escolaridade, eu tinha uma melhor amiga que o era basicamente só de nome, porque o que ela fazia era deixar de falar comigo dia sim, dia sim, só porque...sim. E eu, que sou masoquista basicamente desde que vim ao mundo, sofria horrores por aquela rapariga (arrisco-me a dizer que rapaz nenhum, até hoje, me fez chorar tanto como ela). No 3º ciclo acordei (ligeiramente) para a vida e arranjei outras amizades. Éramos um grupo de quatro, sendo que uma delas ganhou o título oficial de melhor amiga (as raparigas e aquela coisa de se ter que ter oficialmente uma única melhor amiga, com um compromisso mais sério do que qualquer namoro).
No secundário elas foram as três para a área de ciências e eu lá fui, sozinha e abandonada, para a área de humanidades. O que eu sofri com isso! O secundário passou-se, com elas cada vez mais próximas umas das outras, e eu cada vez mais distante.
 
 
Uma dessas minhas amigas (curiosamente uma que nunca teve o "título" de minha melhor amiga) é, de todas as minhas amizades antigas, aquela que mais questão faz de manter contacto comigo (chego a sentir-me mal, porque apesar de passarmos anos sem nos vermos, quando isso acontece é quase sempre por iniciativa dela). Agora estamos as duas por Lisboa (coisa que não vai durar muito tempo) e combinámos encontrar-nos. Quando ela me sugeriu, entre vários programas, uma corridinha, aqui a viciada em desporto escolheu logo essa opção.
Pelo que me espera um final de tarde a partilhar um dos meus grandes prazeres atuais (a corrida) com uma amizade já bastante antiga, daquelas que por mais tempo que passe sabemos que está lá. E não faço ideia se ela corre muito, pouco, rápido ou devagar, mas hoje isso é o que menos importa. Hoje, o que importa é que vou correr muito bem acompanhada.
 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Da saudade

 
 
Quando acabei o curso, em 2009, tive a oportunidade de voltar para a Madeira. Foi por opção que fiquei em Lisboa. Mas há momentos em que bate uma saudade que fere o peito.Como aquela que me bateu esta manhã.
 
[diz que faltam pouco mais de três semanas para uma escapadela de fim-de-semana. aguenta, coração!]

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Compras da nova coleção (mas que de outono/inverno têm muito pouco)

Ou nada, a bem dizer.



Passei da panca por vestidos para a panca por macacões (ou antes para as duas juntas), principalmente os de calção (muito úteis para a nova estação...not). Ontem trouxe este comigo da Zara, que é só assim a coisa mais linda (esta imagem, tirada no site, não lhe faz jus).

E este top também veio comigo. Fiz um esforço enorme para não trazer antes a versão pérola ou a vermelha (ando a fazer um grande esforço para fugir dos básicos e dos padrões lisos, mas isto é uma coisa que leva tempo. muito tempo...).

[Agora é só esperar que o sol volte a dar um ar de sua graça, a ver se não tenho que esperar para a primavera para estrear as minhas lindezas.]

domingo, 4 de outubro de 2015

Acabar o fim-de-semana assim


Fomos ao teatro, programa que eu (não sei bem porquê mas) não fazia há sensivelmente 500 anos. E saí de lá com a promessa de não voltar a deixar passar tanto tempo. 
Vimos a peça "Nome próprio", uma comédia bastante engraçada. Gostei!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cruzeiro pela Turquia e Grécia - última parte (e um banho de realidade pelo meio)

E assim chegamos aos últimos dias da minha viagem maravilhosa entre a Turquia e a Grécia. O dia 7, sexta-feira, foi ainda passado a bordo do Celestyal Cristal.
A última paragem antes de Istambul era em Lavrion, a 1 hora de Atenas, sendo que o barco só ficaria parado naquele porto durante cinco horas. Pesquisámos e não encontrámos nenhuma opção de transportes públicos viável que nos levasse a Atenas, pelo que a opção era ficar no barco (e desperdiçar a oportunidade de ficar com um cheirinho de Atenas) ou pagar 68€ por pessoa (auch!) e ir na excursão programada pelo navio conhecer a Acrópole e pouco mais. 
Foi então a única excursão que fizemos e, da minha parte, apesar de ser claramente um abuso de preço para aquilo que oferecem (transporte em autocarro, ida e volta mais visita à Acrópole com direito a excplicações - tanto sobre a Acrópole como sobre toda a história da Grécia até à atualidade), atendendo a que era a nossa única opção para conhecer Atenas, não me arrependi nem um pouco (apesar de tencionar voltar com mais tempo). 

Dispensa apresentações.





A Grécia tem à volta de 11 milhões de habitantes. Quase metade está em Atenas (portanto este aglomerado é apenas um pequeno exemplo do que é aquela cidade em termos de contruções).

Antes do meio dia já estávamos de volta ao barco, desta vez para já só sair de vez, na manhã do dia seguinte, em Istambul. Istambul é linda de qualquer forma, mas num dia de sol como este (ao contrário do que tinha acontecido na semana anterior) é ainda mais.

Não, não é Nova Iorque. É mesmo Istambul.

A vista da Mesquita Azul e da Hagia Sofia, ainda dentro do barco.

O resto do Sábado (e a manhã de domingo) foi para aproveitar a cidade maravilhosa que é Istambul. Visitámos a Mesquita Azul e a Hagia Sofia (contruções fantásticas, não conseguia parar de olhar para elas) e ao final da tarde fomos passear ao Grand Bazaar, um dos maiores e mais antigos mercados cobertos do mundo (onde, mais uma vez, perdi a cabeça e comprei um anel e um pendente de prata que são a coisa mais linda).


Eu juro que o calçado igual e a perna levantada não foram combinados (somos pirosos mas com limites).


O dia em Istambul foi mágico, maravilhoso. Já a noite foi devastadora, e eu passo a explicar o porquê. Estávamos nós a chegar ao hotel vindos do Grand Bazaar, já o sol se estava a pôr, quando começámos a ver imensos refugiados (durante o dia não sei onde andam, porque na manhã seguinte voltaram a desaparecer completamente). O primeiro que me deixou toda arrepiada foi um menino que não devia ter mais de 4 anos, que estava sozinho, sentado a um canto, com dois pacotes de lenços na mão (devia estar a vendê-los), com a mãozinha levantada mas a dormir um sono profundo. Uma criança, quase um bébé, a vender lenços de papel para sobreviver. Depois disso vimos vários grupos de meninas, também elas sozinhas, que não tinham mais de 10 anos. Casais novos com bébés ao colo eram muitos também. Todos a pedir ajuda. E nós com uma sensação de impotência tremenda por não conseguirmos ajudar todos.
Houve outra menina que também me tocou particularmente porque estava sozinha e não devia ter mais de 4 anos. Fomos ter com ela, demos-lhe água e comida (e foi uma espécie de alívio quando ela começou a brincar com a comida em vez de comê-la, queria dizer que não estava esfomeada) e sorria e brincava sozinha, com um ar feliz de quem não faz ideia do que está a passar (entretanto chegou ao pé de nós uma senhora mais velha, que devia ser avó da menina).
Uma pessoa vê estas cenas na televisão e fica bastante sensibilizada, mas assistir ao vivo é mil vezes mais doloroso.  Só conseguia sentir-me estúpida e fútil ao pensar nas compras supérfluas que tinha andado a fazer durante a tarde, quando aquelas pessoas não têm absolutamente nada. E pensar que há gente que é contra acolher estas pessoas que perderam tudo (e que a única coisa que fizeram para isso foi nascer no país errado), e dar-lhes uma vida digna, é coisa que eu nunca vou entender, independentemente do argumento que usem. A incapacidade que tanta gente tem de se pôr no lugar do outro mete-me nojo, muito nojo.
Bem, adiante. Na manhã do dia seguinte aconteceu o que tinha acontecido na véspera: nada de vê-los em lado nenhum (o que foi uma pena, porque não consigo pensar num destino melhor para dar às liras que não tínhamos gasto quando a viagem chegou ao fim).
E foi assim que deixámos Istambul, com um banho de realidade que nos faz pensar no quão injusta é a vida, que permite a uns tirar férias de 10 dias no estrangeiro, enquanto a outros tira tudo.