sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011


2009 foi o ano mais feliz da minha vida. 2010 foi, sem sombra de dúvida, o pior.

Para 2011, se não fosse pedir muito, só queria um trabalhinho minimamente suportável e paz no meu coração. E se o resto se mantiver como está eu prometo que não me queixo.

E vocês, acreditam em sinais?

Acontece inúmeras vezes, quando estou em desespero, pedir um sinal a Deus, ao Universo...ao que seja.
Não sei se é por não acreditar verdadeiramente neles (nos sinais, entenda-se) mas a verdade é que eles não costumam aparecer.


Até que esta noite, depois de eu passar a tarde a tratar da possibilidade de mudar de vida durante uns meses a viver noutro país e a cuidar das crianças de uma família, fui jantar a casa de amigos, e uma criança que é a coisa mais adorável decidiu agarrar-se a mim a noite toda (chegou a preterir a ajuda da mãe para ir fazer xixi para me levar a mim). E eu fiquei completamente derretida.

 Numa altura em que os adultos me têm feito sofrer tanto...ao menos com as crianças não corro esse risco, pois não?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Das lições que só a experiência nos pode dar


Até há bem pouco tempo eu achava que a dor de perder um amor era, por regra, proporcional ao tempo que esse amor tinha durado (perdi a conta a quantas vezes frisei aqui que namorei 10 anos).
Pois estava redondamente enganada.
O tempo pesa na parte das rotinas, que são difíceis de mudar. Nos hábitos que criamos e que deixamos de saber fazer de outra maneira. Na dependência de ter alguém que está ali para tudo.

Já a dor...essa depende principalmente da intensidade do que se sente e do que se viveu. Não interessa se foi um mês, um ano ou dez.

Não, eu não amo ninguém neste momento. Sim, eu sofri a dor maior da minha vida até hoje com o fim do meu namoro.
Mas tenho certeza que se tiver que ver sair da minha vida esta pessoa que chegou há tão pouco tempo não vou sofrer o "equivalente" ao tempo que passou desde que ele se tornou especial. É que não vou mesmo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Prendas da família





Pequena nota: É favor ignorar o facto de que acordei ao meio dia no dia de Natal com o som da campainha a anunciar a chegada dos tios e dos primos, o que me impediu de ter tempo para tirar o pijama. Excepção feita à primeira foto, que foi tirada na noite da consoada, na casa dos avós.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O que mudou no nosso Natal

Em vez de chegarmos juntos à noite do mercado, percorremos metade do percurso para casa a pé às 7h da manhã só para podermos estar mais tempo juntos a conversar e matar saudades.
Em vez do nosso ritual de troca de prendas no dia 23, encontrámo-nos depois da missa do galo para passear e ver as luzes de Natal (essa sim uma tradição que não pode falhar).
Em vez de beijinhos na boca e "amo-te muito" houve um abraço forte e um "gosto mesmo de ti".
Em vez de um amor que já teve melhores dias, tivemos momentos lindos de amizade e a certeza, cada vez maior, de que não sabemos (nem temos que) viver um sem o outro e que podemos mesmo ser verdadeiros amigos (desde que as pessoas circunstâncias da vida permitam que isso aconteça).


Sei que somos os únicos a olhar para esta relação e ver o que ela é de verdade: uma amizade sem segundas intenções. Sei que passou pouco tempo e percebo que não seja fácil de entender. 
Mas sabem que mais? Pela primeira vez na vida não estou minimamente preocupada com o que os outros pensam. (Pelo menos por enquanto) não devo satisfações da minha vida a ninguém, e até lá faço questão de partilhá-la com as pessoas de quem gosto e que me fazem feliz.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Porque tudo o resto continua meio cinzento, porque o Natal continua sem o mesmo brilho, e porque este tem sido um ano muito difícil, vou agarrar-me à lembrança do momento perfeito que vivi contigo, e à família maravilhosa que tenho, e fazer um grande esforço para viver o Natal com a alegria do costume.

Quanto a vocês que me lêem e que têm acompanhado os meus altos e baixos, se não nos voltarmos a "ver" até lá, um feliz Natal para todos e obrigada.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ironicamente


Foi no ano em que o Natal me está a passar completamente ao lado que tive a melhor prenda de sempre, com uma semana de antecedência. Um momento que não trocava por nada deste mundo, e que dava tudo para voltar a viver.

E espero que volte a acontecer muitas muitas vezes. Mas conto de fadas que é conto de fadas tem que ter os seus obstáculos, certo? Pois no que depender de mim vou lutar até ao fim para derrubá-los a todos. Palavra de Gelatina Maria.

Amor em ponto pequeno (ou talvez não)


Estava com o meu primo mais novo (o tal que tem 10 anos) e perguntei-lhe se queria jogar UNO. Disse-me logo que sim, todo contente. Então disse-lhe para baralhar as cartas que eu já voltava. Quando cheguei ele estava a abrir o telemóvel e a ver uma foto pequenina que tinha lá dentro (a imaginação destas crianças...) e fez questão de fingir que tinha sido apanhado em flagrante. Eu perguntei o que é que andava a tramar. Ele fez-se de desentendido mas claramente queria luta porque mal eu desisti perguntou logo "Ok...queres mesmo saber?". E mostrou-me a foto da namorada. E disse-me logo que eu podia ir vê-la no Facebook. E contou-me que amanhã fazem um mês de namoro. Coisa mais fofa.

O amor é mesmo lindo em qualquer idade, não é? Ai como também me apetecia gritar ao mundo o que me vai dentro do coração...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Da auto-estima (que anda a querer aumentar, a safada)


A minha auto-estima tem por hábito andar bem lá em baixo. Sei que não sou feia de meter pena. Sei que tenho algum valor. Sei que não sou má pessoa. Mas não costuma passar disso.

Já me disseram por diversas vezes o valor que eu tenho. Muitas pessoas, é verdade. 
Mas nunca me tinham dito com a convicção, o sentimento, a admiração e o brilho no olhar com que ouvi ontem, e que me fez acreditar, sem reservas, que sim, eu sou mesmo especial. Nem que seja só para ele (que eu até sei que não é).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Já tive dois ataques de choro hoje

E bem fortes. Mas de felicidade. Não me lembro da última vez que isto me tinha acontecido.

Estou com medo de acordar e ver que as últimas horas não passaram de um sonho. De um sonho quase quase perfeito.

De regresso do Norte

E de partida para a ilha passar o Natal com a família.


Venho com o coração cheio. De muita amizade e não só.
Novidades mais tarde. Ou talvez não. Porque há coisas demasiado especiais para serem partilhadas. Mas por outro lado só me apetece gritar ao mundo que...pois. Tenho pensar melhor que isto ainda está muito fresco.
Mas por enquanto é só isto que interessa: estou feliz. Amanhã não sei. Mas hoje estou muito, muito feliz.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rapazinho


Tu gostas de deixar o mistério no ar. Gostas de me fazer sofrer. Eu já percebi que sim (chato). E, como tal, sabes que vou andar perto de ti durante três dias mas não me dizes em qual dos três é que vais decidir dar um ar de tua graça. Até aqui tudo bem (quer dizer, mais ou menos), porque eu não tenho propriamente um programa rígido para cumprir. E o objectivo da viagem é passear e matar as saudadonas (gigantes) de uma amiga.

O que tu não estás a ter em conta são dois pequenos (grandes) pormenores: eu sou gaja, e até te acho alguma piada. O que se traduz no seguinte: obrigaste-me a passar HORAS a escolher três conjuntos de roupa que, além de adequados ao gelo que vai estar aí em cima, sejam minimamente apresentáveis. Achas bem, achas?
Tu sabes lá trabalheira que isto deu.

E agora, com a vossa licença, Gelatina Maria vai seguir viagem rumo ao Norte.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A eterna sensibilidade masculina


Em conversa com o ex...
Eu: Gostas das minhas botas novas?
Ele: São giras, mas eu estava contigo quando as compraste, lembras-te?
Eu: As botas que tu compraste comigo são castanhas! Estas são camel, ca-mel! (E completamente diferentes, diga-se de passagem).

Meninas que me lêem: vocês percebem a gigante diferença que há entre as duas (mesmo que apenas baseadas na cor), não percebem? Eu sei que sim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Das desvantagens de não publicar a "solteirice" no FB


O ex encontrar uma amiga nossa, quase seis meses depois de acabarmos, ela ainda não saber de nada e fazer a conversa típica "E a Gelatina como está? Vocês têm que ir os dois lá a casa" e coisas que tal.
E ele, coitado, não conseguiu dizer nada. Deixou a batata quente aqui para a Gelatina Maria (é justo, afinal de contas a amiga é minha).

Mas o que é que se faz nestas alturas? Manda-se uma mensagem aos amigos a dizer "Meus queridos, eu e o "Zé" acabámos? Realmente tenho que admitir que os estados no FB até têm as suas vantagens. Mas mesmo assim não quero.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Solidão

E não é aquela de estar rodeada de gente e mesmo assim se sentir sozinha. É daquela em que já não temos mais coragem de pedir a ajuda daqueles que nos amam porque sabemos a merda de pessoa que temos sido nos últimos tempos.

Sinto um vazio gigante dentro de mim. Sinto-me completamente desnorteada. Sinto-me a descer o mais fundo que é possível descer. E quero subir, quero mesmo, mas não consigo. Não sei a que mais me agarrar.

Não tenho um trabalho. Não sei que trabalho quero ter. E ando a lutar há meses por um cuja probabilidade de conseguir é muito pouca.

Estou sozinha nesta casa. Dia após dia. A estudar de manhã à noite. Detesto viver sozinha. Detesto com todas as minhas forças. Detesto não saber o que quero da vida. Detesto ter perdido o meu namorado ao mesmo tempo que esta porra toda. Detesto ser uma fraca. Mas não sei ser forte quando não tenho onde me agarrar. Não sei. E não consigo lutar mais. Não consigo. Não consigo. Não consigo!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Enerva-me profundamente

Sentir que sou tratada de forma diferente no mesmo estabelecimento comercial dependendo do facto de ir com a minha melhor amiga, que tem a minha idade (ou com o ex, era a mesma coisa) ou com a minha mãe ou pai.

Será que preciso de fazer 40 anos para começar a ser visível? Oh gentinha mais preconceituosa.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Segundas tentativas...sim ou não?


Hoje soube de um casal que estava separado há uns tempos e que voltou. E só me ocorreu pensar "Coitados, tanto tempo a sofrer desde que acabaram para voltar ao mesmo estado de deprimência daqui a uns meses". E quando um amigo do casal disse que "o amor vence tudo" eu pensei "yeah, right. não digas antes que foram uns fracos, não...". Eu perdi a conta às vezes que me apeteceu fazer isso, e não foi só por amor, foi mesmo por fraqueza.

Eu sei que cada caso é um caso, e não digo que desta água não beberei porque ninguém sabe o futuro. Mas sinceramente conheço poucos ou mesmo nenhum caso de situações destas que tenham dado certo à segunda.
Ou bem que passa muito tempo e as pessoas mudaram ou...não sei não. Mas claro que há sempre as excepções que confirmam a regra. Eu é que não as conheço.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sem qualquer justificação aparente


O alarve que vive dentro de mim e estava adormecido há uns meses despertou há coisa de uma semana.
Querem ver que o gajo sentiu que o Natal estava a chegar e pensou que não era tarde nem cedo? É que logo agora não se faz, caramba. Não aguentava só até Janeiro?

Uma da manhã e estou no segundo saco de mini chips ahoy. E estou sozinha em casa, o que significa que não tenho ninguém a quem pedir para me esconder o resto da caixa antes que eu me levante e caminhe em busca da terceira vítima.
Isto está bonito. Ai está está.

Vou mas é para a cama. Mas antes disso acho que ainda passo pela despensa. Só para ver se deixei tudo arrumadinho, claro.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Hoje é daqueles dias em que eu tinha muito para escrever aqui mas o facto de existirem pessoas que me conhecem e que lêem este blogue impede que isso aconteça. Por isso remeto-me ao silêncio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Há 6 semanas que espero por este dia


Está um dia cinzento?
Pois hoje, para mim, faz um sol desgraçado. Pelo menos cá dentro.

domingo, 5 de dezembro de 2010

24 horas


24 horas para voltar a receber mensagens tuas. Para voltar a ter conversas a horas indecentes.
Para deixarmos de estar a 7 horas de diferença e 10000km de distância.

Isto se o vento e a neve forem bonzinhos.

E, mais uma vez, se tu sequer sonhasses com a existência deste blogue, era coisinha para eu me enfiar num buraco bem fundo até 2012.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Almas gémeas?


Não sei se isso existe. Para ser sincera até acho que não. Mas se existir eu encontrei a minha, mas em "versão" amiga. Não tenho a mais pequena sombra de dúvida disso.
Sou uma privilegiada. Sou mesmo.

Os amores vão e vêm. Mas a minha Maria sei que vai ficar. Para sempre.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Piroso, muito muito piroso

É o que eu acho dos perfis de Facebook do género "Cátia e Manel" ou "Jacinta e José" ou whatever.


A ideia até pode ser boa (não, não acredito nisso) mas soa sempre a cachorrinho que tem a coleira bem posta e não pode pôr o pézinho fora da casota.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Das datas especiais

1 de Dezembro de 1999...

Os meus pais tinham viajado e eu aproveitei (já diz o ditado que patrão fora dia santo na loja) para ir ao cinema com ele e com os nossos primos.
Já sabia que aquele ia ser um dia especial. Eu ia preparada para o pedido (com 12 anos há sempre aquele intermediário que nos conta o que o outro lhe foi contar de propósito para nós sabermos mas sem nunca esquecer a ressalva "não lhe digas que eu te contei").
Fomos ver "A mansão" (para quem não conhece...não, não é uma comédia romântica, é mesmo um filme de terror. na altura não havia muito por onde escolher e o que nos importava mesmo era o pedido, mais nada).


Ele, tímido como eu nunca tinha visto igual, esperou pelos 15 minutos finais do filme, quando eu já tinha praticamente me mentalizado que não ia acontecer, para me perguntar à moda antiga, com todas as letrinhas "Queres namorar comigo?". E eu, apesar de já saber que aquilo ia acontecer, congelei e só consegui acenar que sim com a cabeça.

Não, não houve beijinho depois. Não houve sequer um encosto de mão...nada! E quando saímos do cinema parecia que nem nos conhecíamos: ia eu à frente com a minha prima e ele atrás com o primo dele (tínhamos 12/13 anos, sim?).

Mas isso não interessava nada porque nós já eramos "oficialmente" namorados.

Não durou para sempre, mas foi bom enquanto durou.

E para ti aqui fica um beijo enorme. E parabéns a nós por 11 anos de amizade. És mesmo especial.