terça-feira, 31 de agosto de 2010

É este o exemplo que tenho em casa

E que é o principal culpado por eu continuar a acreditar no amor verdadeiro.
Os meus pais fazem 29 anos de casados para a semana. A minha mãe veio comigo para Lisboa por dois dias apenas. No aeroporto a despedida deles foi uma coisa bonita de se ver. Ainda não tínhamos entrado no avião e já estava ele a ligar para saber como estavam as coisas. Entretanto acho que falaram mais três vezes depois de chegarmos (ter em consideração que já chegámos às 18h). Uma delas só para dar um beijinho de boa noite.
A última viagem de avião que fizeram juntos foram em classe executiva porque o avião estava cheio e as hospedeiras vieram oferecer-lhes quatro (sim, quatro) garrafas de champagne porque já não se viam amores como aquele com a idade deles - estão na casa dos cinquenta (isto depois de terem presenciado o beijinho de boa viagem que o meu pai deu na mão da minha mãe).



Um dia o meu pai disse-me que, logo depois da minha mãe, eu era a mulher que ele mais amava no mundo. A minha mãe, que não é nada de graduar o amor que tem pelos filhos e pelo marido (pelo menos verbalmente), disse-lhe logo que essas coisas não se dizem. Mas eu achei lindo. E adorei a sinceridade.

As primeiras horas após o regresso

A minha mãe veio comigo (regressa amanhã). Mal chegámos fomos para o shopping abastecer o frigorífico. Tenho comprinhas para mostrar mais tarde (não, não vos vou mostrar iogurtes; a parte do supermercado acabou por ser secundária, pois claro).
A única fraqueza que me deu até agora foi no supermercado, à frente dos rebentos de soja, quando a minha mãe me perguntou com que comida é que eu costumava usá-los (a nossa massa chinesa, eu sei que soa a ridículo mas o amor às vezes é mesmo assim, ridículo).
Ainda não foi desta que dormi sozinha. Armei-me em babosa e pedi a companhia da mamã.
Portanto, e resumindo, até agora não me posso queixar.



Eu sei que não estou sozinha. Nem hoje, nem amanhã, nem depois. Tenho umas amigas fantásticas que não me vão abandonar nunca. Tenho os meus primos que não tarda também voltam para cá. Tenho-lhe a ele que, apesar de já não ser meu namorado, continua a ser fundamental na minha vida. E tenho sempre o resto da família à distância de um telefonema.
Sou uma mulher de sorte. Eu sei que sou.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aqui vou eu

Para a casa onde não vou mais ouvir o barulho da chave seguido da visão da carinha mais linda deste mundo a entrar pela porta. Para a cama que já não vai ter o teu cheiro. Para o cantinho ao lado da cama onde tu já não vais deixar as meias (e que tanto eu reclamava...).


As almofadas do sofá que vão deixar de estar sempre fora do sítio para cabermos lá os dois agarradinhos um ao outro. O cobertor do sofá que já não nos vai cobrir enquanto comemos chocolates depois do jantar. A mesa da sala que já não vai ter os bilhetes que me deixavas às vezes, quando saías antes de mim. A casa de banho que já não vai ter a tua escova de dentes sempre ao pé da banheira. A tela que me ofereceste com uma foto nossa que já não vai estar pendurada no (nosso) quarto. A Minnie que me deste quando fizemos 9 anos de namoro e que estava sempre ao lado da (nossa) cama. As nossas fotos que já não vão estar coladas na porta do guarda-roupa.

O vazio que tu deixaste naquela casa. E na minha vida...

sábado, 28 de agosto de 2010

Não caibo em mim de alegria

Bloggers do meu coração, quando decidirem escrever sobre um livro/filme/série, é favor avisar SEMPRE acerca da existência de spoilers, sim?
Acabei de saber como acaba o livro que estou ainda a começar a ler, sem o mínimo aviso prévio. Isto não se faz.

Às vezes mais vale ficar calada


Bastou eu vir aqui me vangloriar que tenho estado melhor para de repente voltar a me sentir mais em baixo.
Vou tentar acreditar que é só o efeito da ressaca das ponchas de ontem à noite. Sim, deve ser só isso.
Vou então aguardar pelo dia de amanhã. Ou de depois de amanhã, já que a festa de ontem continua esta noite...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Altos e baixos

É assim que anda este meu coraçãozinho, a poucos dias do regresso a Lisboa. Tanto estou a rir num momento como daí a cinco minutos se apodera de mim um sentimento de tristeza. Quando estava em Lisboa não queria vir para cá, onde estão quase todos os que nos conhecem e que me iam fazer perguntas sobre ele. Agora que cá estou não me apetece voltar para Lisboa, onde não está o aconchego da minha família, os meus pais, os meus primos com quem tenho passado tantos bons momentos este mês.



Sinto-me melhor, muito melhor que há um mês atrás. Mas sei que ainda me esperam algumas das tarefas mais complicadas: aprender a viver na nossa (agora só minha) casa sem ele e ver  desaparecer o resto das coisas dele, ver partir as últimas provas físicas da sua presença, da partilha de um lar, de uma vida que me fez tão feliz durante tanto tempo.

Mas o mais importante neste momento é que, se já tive dúvidas de que seria capaz de passar por tudo isso, hoje sei que consigo. Aos poucos, eu começo a conseguir. A cada dia que passa, eu sou um bocadinho mais forte. Bem mais forte do que alguma vez acreditei que seria capaz de ser.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

É normal?


Estou a passar pela minha primeira crise blogosférica (ou qualquer outro nome que deva chamar a isto).
Não sei se é do calor, das férias, da minha vidinha que anda meia desinteressante,  mas a inspiração por estes lados tem sido pouca, o entusiasmo a escrever não tem sido muito maior, e começo a me lembrar dos tempos áureos em que me apetecia escrever sobre tudo e mais alguma coisa a toda a hora.
E confesso que tenho algum receio que isto não passe, que a vontade de criar o blogue não tenha passado de uma febre passageira...
Diga-me vocês, pessoas mais experientes que eu nestas andanças, costuma acontecer-vos isto com muita frequência? Ou é motivo para me preocupar?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ando mais ou menos assim


Tenho tantos livros para ler, tanta vontade de lê-los a todos, e tão pouco tempo para fazê-lo (sim, supostamente estou de férias mas meti-me numa "brincadeira" que me tem tirado mais tempo do que eu pensava).
Posso ter mais um mês de férias só para pôr as leituras e as séries em dia? Posso?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os melhores dias do meu Verão

As mulheres da família (eu sou a mais à direita. qualquer dificuldade em
distinguir a direita da esquerda é só procurar pelas pernas mais brancas, ja sabem).



Eu, estes três e o meu livro (Comer, Orar, Amar). Que bela combinação.



Esta é só para mostrar a minha estreia a pintar as unhas dos pés pela minha própria mão.


E esta é só porque o copo da cerveja era mais bonito, porque eu sou mais menina de poncha.


Poucos mas bons. Muito bons.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Até à próxima semana


Neste preciso momento é por aqui que me encontro

Vou dar um saltinho ao Porto Santo a ver se é desta que as minhas pernas mudam de cor.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Se Maomé não vai à montanha




Que é como quem diz se a Gelatina não vai a Nova Iorque, Nova Iorque vem até ela.
Recebi uma prendinha que é a coisa mais linda*, da minha prima que esteve por lá (tão querida). Com direito a postal com uma mensagem linda e tudo.

*Na falta de Gelatino já combinamos que vamos desfilar uma para a outra com as nossas lingeries novas :p.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aprender a gostar...?


Quando era mais nova e dizia que não gostava de alguma comida em especial a minha mãe fazia questão de me perguntar "quando é que aprendes a comer isso?", e confesso que aquela conversa me irritava. Achava que não se aprendia a comer coisa nenhuma. Ou se gosta, ou não se gosta. Porque os sabores não mudam.
Com o tempo (e, aqui entre nós que ela não nos ouve, para não variar) tenho vindo a descobrir que ela tinha mesmo razão.
Ontem dei por mim a comer fígado e sangue de porco (oh senhores, que isto escrito ainda soa pior, mas é tradição por estes lados) e...a gostar.

Se bem que ainda continuo a meter as mãos no fogo em como não entra nesta boca que Deus me deu "petiscos" do género de orelhas de porco e afins. Mas depois de "aprender" a gostar de sangue de porco já não digo nada...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cautela e caldos de galinha...


Isto de apoiar alguém de quem gostamos depois do fim de um namoro tem que se lhe diga.
É que, quanto maior for o entusiasmo a dizer "Ele (ou ela) não te merece, é um parvalhão, não vale nada" e por aí além, maior é a cara de tacho com que teremos que cumprimentar o dito parvalhão (ou parvalhona) que não vale nada, aquando de um eventual reatar do namoro.
Por isso, o melhor mesmo é apalpar o terreno primeiro a medo e arriscar um bocadinho (mas mesmo só um bocadinho) quando sentirmos terra firma, sob pena de a coisa correr mal para o nosso lado.

Se bem que há casos e casos, e os que incluem parvalhões sem remédio requerem que corramos o risco, como verdadeiros bons amigos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Há momentos



Muitos, em que as saudades que sinto de nós são sufocantes. Em que apetece tanto voltar a sentir o teu amor e a dar o meu em troca. Em que quero simplesmente dizer que te amo, com medo que um dia te possas esquecer.
Não posso dizer que ainda te amo como no primeiro dia. Porque o amor do primeiro dia ao pé daquele que sinto hoje é nada. Amo muito, muito mais.

E pronto, uma pessoa está melhor durante uns dias e depois decide ouvir músicas proibidas e fica assim. Vê lá se aprendes duma vez, Gelatina Maria, que ainda não tens a força que pensas ter.
Eu sei, escrevi dois posts no mesmo dia muito coerentes um com o outro. Mas, nesta fase, incoerência é o meu nome do meio...

Porquê tantas dúvidas em relação ao amor?

Pelo mundo à minha volta. Por olhar para o lado e ver relações muito piores que aquela em que eu estava que continuam firmes (só na aparência, claro).

Há os que estão com alguém porque "não conseguem arranjar melhor que aquilo". Outros porque "antes isto que sozinho/a". Outros porque as cambalhotas são bem boas, mesmo que o resto não preste para nada. Outros porque as cambalhotas não prestam para nada, mas têm-nas por fora, e assim ficam com o útil e o agradável. Outros porque "dá muito trabalho mudar de vida, de casa, epá que canseira!". Outros porque estão pura e simplesmente acomodados.


E eu dou por mim a pensar "Não serei demasiado ingénua ao ter como objectivo encontrar um amor próximo da perfeição?". Atenção, eu não disse uma pessoa próxima da perfeição, disse um amor, é diferente.
Mas não. Não é por serem raros os amores (quase) perfeitos que eu não hei-de merecer um.
Se me arrisco a ficar sozinha para sempre? Talvez. Mas pelo menos não posso dizer que não tentei.

sábado, 14 de agosto de 2010

Uma tarde "bué fixe"

Fui ver estes meninos:

Com aquilo que prometia ser um grande substituto às pipocas que
 eu não aprecio muito (gostava de saber se sou a única pessoa
 que não consegue identificar o sabor a magnum neste gelado).


Na companhia dos melhores primos deste mundo. Eu e o C., os mais recentes solteiros da família, levámos o membro mais novo do clã (o que tem 10 anos) a ver o Toy Story. Ainda lhe avisámos que o que iamos fazer era um programa exclusivo de "encalhados", que se ele tivesse namorada podia ficar com o rabo em casa. Ele ainda hesitou mas depois confessou "Eu tinha namorada até há pouco tempo, mas ela acabou comigo". "Então podes vir, anda daí".
Mais uma vez, o miúdo delirou, "Isto está a ser bué fixe". E eu concordo com ele. Foi tudo bué fixe, menos o gelado que, na opinião, deixa um bocado a desejar...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Marinheiros de primeira viagem

Se desconsiderarmos as paixonetas características da infância, fomos o primeiro um do outro em tudo. Conhecemos juntos o amor e tudo o que ele tem de bom e de mau. Durante muito tempo, confesso que achava super romântico o facto de não termos passado amoroso, não conhecermos outra realidade para além da que tínhamos os dois.

Mas, sem dar por elas, começaram a surgir as dúvidas. Sem termo de comparação, não sabia se esta ou aquela discussão eram "normais". Se os outros casais também tinham aquelas mesmas dúvidas. Se também passavam por aquelas mesmas dificuldades. Enfim, se eramos um casal "normal".


A verdade é que, quanto mais adulta e menos romântica me torno, mais acho que ter uma relação anterior pode ajudar. Tanto a desvalorizar as tontices como a dar mais valor ao que realmente interessa. E, mais importante, a saber o que é que realmente interessa.

Porque, se há coisa que a minha última e única relação me ensinou (e que eu precisei de sentir na pele para acreditar) é que aquela teoria de que o amor vence tudo e todos é uma bela duma treta. E quem diz isto diz muitos outros ensinamentos. Ensinamentos que só a experiência nos pode dar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mas alguém precisa de companhia masculina melhor que esta?

Ontem levei o membro mais novo da família, o meu primo de 10 anos, à praia.
Quando cheguei a casa dele para convidá-lo, ele estava sentado a comer. Eu ainda não tinha acabado de fazer o convite e ele já estava levantado aos saltos a dizer "Sim, sim, quero!".
Pelo caminho ajudou-me a mudar as velocidades do carro (é semi-automático). Na praia, para além de muito mergulho, jogámos ao UNO (como sabem, por estes lados não há cá castelos na areia nem croquetes. ah, nem bolas de berlim (snif)!).


Mas o momento mais fofo da tarde foi quando ele me perguntou com um ar muito sério "Gelatina, tu estás a gostar da minha companhia?". Que amor! Fiquei cheia de vontade de rir mas contive-me e só respondi "Sim querido, muito.".
Digam-me lá, com uma companhia destas, que até a conduzir ajuda, o que é que se pode pedir mais?

Há coisas que nunca mudam


Quando os vossos avós vos dão uma daquelas notas apelativas sem nenhum pretexto especial (daquelas que dão para comprar 3 vezes o cartaz todo da Olá e ainda devem restar uns trocos) também vos dizem que é para "comerem um geladinho"?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ai que me dá uma coisinha má cada vez que venho reler o post que publiquei e encontro um erro ortográfico. É só para avisar a quem leu a palavra "importante" escrita de outra forma (não consigo repetir como é que estava escrito, é mais forte que eu) que foi apenas um lapso.
Já me sinto mais aliviada.
Pronto, era só isto. Agradecida.

Dilema


Não sei se gosto mais de comer bolos quando ainda estão crus ou depois de irem ao forno.
Sou menina para estar sempre a meter o dedo ou a colher (lavados de todas as vezes que voltam lá para dentro, pormenor importante, que aqui a menina é muito limpinha) para provar a massa.

Como é que a Gelatina chegou à praia ontem?

Opção A: Comboio
Opção B: Elevador
Opção C: Teleférico
Opção D: A pé.

Vou vos poupar a mais uma votação em que a opção vencedora é a única que não arrecada nenhum voto.


Sim sim, foi mesmo de teleférico.

Tive que mandar tirar as fotos por mim (raio das vertigens
que nunca me deixam desfrutar das vistas).

Dispenso comentários sobre a cor das minhas pernas (ou falta dela), sim?

Esta é a vista da zona VIP, onde o chão é de cimento, que as minhas
 costas já não são o que eram (mentira, vai para o cimento quem quer).

P.S. Para quem vem aqui há pouco tempo as imagens são da Madeira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O tempo passa

Mas há verdades que permanecem inalteradas.


Porque ainda estou para conhecer sensação mais aconchegante que a do teu abraço.

O quinto elemento


Será que sou a única solteira (ai meu Deus, nossa Senhora e demais santidades, que ainda não me habituei a dizer isto) que não adora a ideia de ir jantar (ou fazer qualquer outro programa) com dois casais de namorados?
Eu sei que quando vai mais de um casal a ideia não é namorar mas mesmo assim há ali qualquer coisa que me deixa desconfortável.
Eu quando tinha namorado não achava mal nenhum mas quando passamos para o outro lado a coisa muda de figura.

Não há nada como sentir na própria pele. Essa é que é essa.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lembram-se?

Winner Taco

Magnum Cone

Sou só eu que acho que a Olá tem o dom de acabar muitas vezes com os melhores gelados que tem?
Não percebo. Será que o meu gosto é assim tão especial?
É que, para mim, o magnum cone é o melhor gelado que eles já tiveram. Tenho tantas saudades!

Serão todas assim?

Vivo sem os meus pais em Lisboa há 6 anos. Como se nota, continuo viva. Mas eles vão uma semana de férias quando eu estou a ficar em casa deles e a minha mãe faz questão de deixar tudo orientado (não vá eu me esquecer de comer ou de dormir, sabe-se lá).


"Filha, o ananás corta-se com esta faca que é mais fácil", "A fruta está aqui, não te esqueças de comê-la" (é só uma cesta enorme visível em toda a cozinha, mas nestas coisas convém não arriscar, não vá eu decidir ir à cozinha de olhos vendados), "Não te esqueças de meter a louça na máquina", e podia continuar aqui o resto do dia.
Eu adoro a minha mãe, mas às vezes assusto-me quando me dizem que estou cada vez mais parecida a ela.
Será que um dia também vou ser assim? Será que estas atitudes são apenas sinónimo de ser mãe, independentemente de os filhos terem 10 ou 30 anos?

sábado, 7 de agosto de 2010

Tortura


Cada vez que entro na cozinha sou invadida pelo cheiro de bolo feito ontem pela minha mãe mas que "tem que ficar intocado até Sábado à noite para cantar os parabéns ao teu irmão". Isto não se faz.
Se eu estivesse verdadeiramente eu (nos últimos tempos sou apenas uma versão não gulosa de mim mesma) era coisa para ter ponderado dormir fora de casa a noite passada sob pena de não responder pelos meus actos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

(vamos chamá-la) Prenda de Verão oferecida pela mãe

Porque ainda sabe melhor receber prendas quando não há nenhum pretexto especial, mesmo que sejam pedidas (pormenores que não interessam para nada).


E também porque o que tenho igual a este em castanho estava a sentir-se muito sozinho, coitado.

Um rasgo de Gelatina feliz

É bom saber que há pessoas com quem não mantínhamos uma relação próxima há muito tempo que ainda se preocupam e gostam de nós. Que não nos abandonam nos momentos piores. Que estão ali para o que der e vier. Que, mesmo que muitas vezes só queiramos nos fechar em casa a sofrer a nossa dor, não nos deixam fazer isso.


Ontem tive um jantar espectacular para o qual sei que só fui convidada pelo facto de andar mais em baixo ultimamente mas que, independentemente disso, adorei, e sei que também gostaram da minha companhia.
Um jantar onde me ri como já não ria há muito tempo. Onde bati o recorde de tempo sem pensar nele (ou pelo menos de pensar sem um aperto no coração) desde o dia fatídico. Em que até ponderei voltar a comer uma sobremesa cheia de vontade, sem ninguém insistir para eu fazê-lo (mas ainda não foi desta).
Um jantar onde, ainda que só por umas horas, voltei a sentir-me feliz.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Há dias de sorte

Fomos ao cinema no meu carro. Antes de ir para casa, decidimos dar um passeio e não me apetecia conduzir. Dei-lhe a chave do carro para as mãos. Ele ainda me disse que não tinha levado a carta de condução mas, caramba, qual era a probabilidade de nos pararem logo naquele dia?
Pois... Não é preciso dizer mais nada, pois não? Lá se vão uns euritos para o caneco.
Seis anos de carta e foi parado pela segunda vez. É preciso ter pontaria.




E já agora que raio de regra é esta de ter que ir apresentar a carta e pagar multa? Então não bastava ter que pagar multa se a pessoa tivesse mentido acerca de ter carta quando foi interpelada pela polícia? Isto põe-me fora de mim, principalmente quando vejo tanta gente perigosa e maluca pela estrada que continua impune.

Senti-me tão mal

O meu irmão tem um amigo (que eu vi duas vezes, no máximo) que teve um acidente grave de mota e ficou uns meses em coma. Entretanto soube que ele tinha saído do hospital mas agora tem muitas limitações.

Ontem estava chegar a casa e vi um rapaz (que percebi logo que tinha limitações, pela forma de andar e falar) a tocar à campanhia. Perguntei se podia ajudá-lo e, agora sei, respondeu-me que queria falar com o meu irmão, mas como ele articula mal as palavras entendi que ele estava à procura dum médico, que morava ali. Eu disse-lhe que ele se tinha enganado. Ele continuava a insistir da porta "é aqui sim que ele mora, o ****** (e eu continuava a perceber "o médico") e disse-lhe para tentar noutra casa, porque não conheço médico nenhum nas redondezas.

Até que acabei por pedir desculpa e fechar a porta (com um nó na garganta).
O que eu pensei (e que muito provavelmente a maioria das pessoas pensaria no meu lugar) foi que o rapaz não tinha todas as faculdades mentais e que estava enganado.



Quando, depois, a minha mãe me disse que aquele rapaz era o amigo do meu irmão (que está completamente irreconhecível), o nó na garganta ficou dez vezes maior.
Claro que já pedi ao meu irmão para lhe pedir mil desculpas, mas o mal já está feito...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ainda os biquinis

Outra ideia brilhante: conjuntos que não podem ser vendidos em separado.
Mas será que sou só eu que sou desproporcional? Para mim o ideal é o XXXXS para a parte de cima e o M para a parte de baixo.

Tenho um parecido a este. Claro que me fica melhor do que a ela (cof cof).
(aquele colete ali não está com nada, que combinação mais horrorosa de cores).

Depois de dois posts seguidos a reclamar devem estar a pensar "Coitada, tanto trauma que vai naquela cabeça, a miúda não deve ter um biquini sequer e deve fugir da praia a sete pés".
Por acaso é das compras que mais gosto de fazer (neste momento "só" tenho 5). É que, depois de muitos anos, já sei bem quais são as lojas onde posso levar o meu rabo e manter a auto-estima intocada e aquelas em relação às quais tenho que manter a distância.
E quanto a fugir da praia, se há lugar bom para curar traumas é lá. Há sempre alguém pior do que nós (esta agora foi cruel).

Espelho, espelho meu, há alguém com mais celulite do que eu?


Eu não consigo perceber qual é a ideia das lojas que vendem biquinis e acham que colocar, nos provadores, luzes da maior potência possível e imaginária, é de génio.
Pois fiquem sabendo que já deixei de fazer muitas compras do género à pala dessas luzinhas. Então se, na praia, a minha celulite (a que se vê sem ser preciso olhar com atenção, claro, que com a outra posso eu bem) não passa do rabo e, nessas lojas, vejo-me ao espelho e quase que chega às unhas dos pés.
Se há lugar onde podiam (e deviam) fazer poupança de energia era nas luzes dos provadores. O ambiente agradece e a minha auto-estima também.
É que, pelo menos para mim, funciona assim: o que os olhos não vêm o coração não sente, e eu dispenso bem essa visão do inferno.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aprendendo a ser solteira #3

Depois de quatro dias de praia sozinha (as amizades por estes lados já são poucas, e as que existem nem sempre estão disponíveis), o cenário é o seguinte:
Já ganhei um odiozinho de estimação a um casal da minha idade (o único, também é verdade) que está lá todos os dias, religiosamente. Olho para eles e só consigo pensar em quando eramos nós dois ali.
Já sei da vida de metade da praia (que isto de não ter ninguém para conversar obriga-nos a ouvir as conversas alheias).
Até já sei o nome da miúda mimada que está sempre na piscina dos bébés e nunca empresta as bonecas a ninguém (está-lhe a fazer falta um irmãozinho).
Ah, e o mais importante, até já consigo pôr protector solar nas costas todas sozinha. Digam lá que não sou uma acrobata.

É esta a "minha" praia (a foto não é minha).

Um mês

Faz hoje um mês que tive a despedida mais difícil da minha vida. Que me foi arrancada metade de mim. Que o "nós" deu lugar ao "eu". Que comecei o desafio mais complicado que já tive em mãos: reaprender a ser feliz duma maneira completamente diferente daquela a que estava habituada, a única que conhecia.

Atingi níveis de sofrimento que não sabia que existiam. Tive vontade de voltar atrás vezes sem conta. Fui muito ingrata com as (muitas) coisas boas que tenho na minha vida.
Um mês em que não vivi. Sobrevivi.
Mas em que também aprendi de forma bastante cruel uma grande verdade:


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Deve ser do género: aquela baixinha braquela que tem o rabo grande, sabes?


Sabem quando estamos à conversa e queremos referir-nos a alguém de quem a pessoa que está a falar connosco não se lembra, e temos que dizer coisas do género "aquela que tem as orelhas grandes" ou "aquele chato que nunca deixa ninguém falar" para identificar esse alguém?
Eu gostava bem de saber o que é que dizem de mim para me identificar. Vocês não?

Eu também queria tanta coisa

Senhora Ministra da Educação:
Estamos em Agosto, o país está praticamente parado, anda tudo pelo Algarve enquanto você tem que trabalhar. Imagino que seja chato, a sério que sim, mas se não tem nada para fazer eu posso lhe dar algumas ideias (a começar pela faculdade de Direito de Lisboa).
Diz que quer acabar com os chumbos. Verdade? Eu não sei se sabe mas eu explico-lhe como é que normalmente se faz para não chumbar. Pelo menos foi o que eu fiz durante 18 anos de vida de estudante e, por acaso, resultou sempre. Simples: estudei. Verdade verdadinha. Juro.



Claro que também me teria custado menos ter passado de ano sem fazer nenhum, mas depois ficava com o cérebro atrofiado e não fazia nada de produtivo na minha vida profissional (que ainda não começou, é verdade, mas eu tenho esperança que hei-de fazer alguma coisa de jeito, caramba). Quanto aos alunos com necessidades especiais (algum tipo de deficiência), ao que sei, já têm um regime especial, certo? Pelo que julgo que estamos a falar dos restantes.

Já agora, se conseguir essa proeza, o que é que acha de tentar acabar com as guerras, e a fome, e o aquecimento global? Isto é tudo muito bonito mas há problemas cuja solução vai muito para além da boa vontade...

domingo, 1 de agosto de 2010

E já agora, eu perguntei alguma coisa?


Depois de três tardes consecutivas de praia sabe tão bem ouvir um "estás tão branquinha!".
Para mim é quase tão mau como quando dizem "estás mais gordinha, não estás?" (menos mal que ao menos dessa estou safa neste momento).
Eu sei que não é por mal mas não gosto (até porque, como podem imaginar, eu também preferia bronzear com facilidade, mas nem toda a gente tem sorte, o que é que hei-de fazer?).
Além do que tenho espelho em casa, não me estão a dar propriamente uma novidade.