sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011


2009 foi o ano mais feliz da minha vida. 2010 foi, sem sombra de dúvida, o pior.

Para 2011, se não fosse pedir muito, só queria um trabalhinho minimamente suportável e paz no meu coração. E se o resto se mantiver como está eu prometo que não me queixo.

E vocês, acreditam em sinais?

Acontece inúmeras vezes, quando estou em desespero, pedir um sinal a Deus, ao Universo...ao que seja.
Não sei se é por não acreditar verdadeiramente neles (nos sinais, entenda-se) mas a verdade é que eles não costumam aparecer.


Até que esta noite, depois de eu passar a tarde a tratar da possibilidade de mudar de vida durante uns meses a viver noutro país e a cuidar das crianças de uma família, fui jantar a casa de amigos, e uma criança que é a coisa mais adorável decidiu agarrar-se a mim a noite toda (chegou a preterir a ajuda da mãe para ir fazer xixi para me levar a mim). E eu fiquei completamente derretida.

 Numa altura em que os adultos me têm feito sofrer tanto...ao menos com as crianças não corro esse risco, pois não?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Das lições que só a experiência nos pode dar


Até há bem pouco tempo eu achava que a dor de perder um amor era, por regra, proporcional ao tempo que esse amor tinha durado (perdi a conta a quantas vezes frisei aqui que namorei 10 anos).
Pois estava redondamente enganada.
O tempo pesa na parte das rotinas, que são difíceis de mudar. Nos hábitos que criamos e que deixamos de saber fazer de outra maneira. Na dependência de ter alguém que está ali para tudo.

Já a dor...essa depende principalmente da intensidade do que se sente e do que se viveu. Não interessa se foi um mês, um ano ou dez.

Não, eu não amo ninguém neste momento. Sim, eu sofri a dor maior da minha vida até hoje com o fim do meu namoro.
Mas tenho certeza que se tiver que ver sair da minha vida esta pessoa que chegou há tão pouco tempo não vou sofrer o "equivalente" ao tempo que passou desde que ele se tornou especial. É que não vou mesmo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Prendas da família





Pequena nota: É favor ignorar o facto de que acordei ao meio dia no dia de Natal com o som da campainha a anunciar a chegada dos tios e dos primos, o que me impediu de ter tempo para tirar o pijama. Excepção feita à primeira foto, que foi tirada na noite da consoada, na casa dos avós.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O que mudou no nosso Natal

Em vez de chegarmos juntos à noite do mercado, percorremos metade do percurso para casa a pé às 7h da manhã só para podermos estar mais tempo juntos a conversar e matar saudades.
Em vez do nosso ritual de troca de prendas no dia 23, encontrámo-nos depois da missa do galo para passear e ver as luzes de Natal (essa sim uma tradição que não pode falhar).
Em vez de beijinhos na boca e "amo-te muito" houve um abraço forte e um "gosto mesmo de ti".
Em vez de um amor que já teve melhores dias, tivemos momentos lindos de amizade e a certeza, cada vez maior, de que não sabemos (nem temos que) viver um sem o outro e que podemos mesmo ser verdadeiros amigos (desde que as pessoas circunstâncias da vida permitam que isso aconteça).


Sei que somos os únicos a olhar para esta relação e ver o que ela é de verdade: uma amizade sem segundas intenções. Sei que passou pouco tempo e percebo que não seja fácil de entender. 
Mas sabem que mais? Pela primeira vez na vida não estou minimamente preocupada com o que os outros pensam. (Pelo menos por enquanto) não devo satisfações da minha vida a ninguém, e até lá faço questão de partilhá-la com as pessoas de quem gosto e que me fazem feliz.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Porque tudo o resto continua meio cinzento, porque o Natal continua sem o mesmo brilho, e porque este tem sido um ano muito difícil, vou agarrar-me à lembrança do momento perfeito que vivi contigo, e à família maravilhosa que tenho, e fazer um grande esforço para viver o Natal com a alegria do costume.

Quanto a vocês que me lêem e que têm acompanhado os meus altos e baixos, se não nos voltarmos a "ver" até lá, um feliz Natal para todos e obrigada.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ironicamente


Foi no ano em que o Natal me está a passar completamente ao lado que tive a melhor prenda de sempre, com uma semana de antecedência. Um momento que não trocava por nada deste mundo, e que dava tudo para voltar a viver.

E espero que volte a acontecer muitas muitas vezes. Mas conto de fadas que é conto de fadas tem que ter os seus obstáculos, certo? Pois no que depender de mim vou lutar até ao fim para derrubá-los a todos. Palavra de Gelatina Maria.

Amor em ponto pequeno (ou talvez não)


Estava com o meu primo mais novo (o tal que tem 10 anos) e perguntei-lhe se queria jogar UNO. Disse-me logo que sim, todo contente. Então disse-lhe para baralhar as cartas que eu já voltava. Quando cheguei ele estava a abrir o telemóvel e a ver uma foto pequenina que tinha lá dentro (a imaginação destas crianças...) e fez questão de fingir que tinha sido apanhado em flagrante. Eu perguntei o que é que andava a tramar. Ele fez-se de desentendido mas claramente queria luta porque mal eu desisti perguntou logo "Ok...queres mesmo saber?". E mostrou-me a foto da namorada. E disse-me logo que eu podia ir vê-la no Facebook. E contou-me que amanhã fazem um mês de namoro. Coisa mais fofa.

O amor é mesmo lindo em qualquer idade, não é? Ai como também me apetecia gritar ao mundo o que me vai dentro do coração...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Da auto-estima (que anda a querer aumentar, a safada)


A minha auto-estima tem por hábito andar bem lá em baixo. Sei que não sou feia de meter pena. Sei que tenho algum valor. Sei que não sou má pessoa. Mas não costuma passar disso.

Já me disseram por diversas vezes o valor que eu tenho. Muitas pessoas, é verdade. 
Mas nunca me tinham dito com a convicção, o sentimento, a admiração e o brilho no olhar com que ouvi ontem, e que me fez acreditar, sem reservas, que sim, eu sou mesmo especial. Nem que seja só para ele (que eu até sei que não é).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Já tive dois ataques de choro hoje

E bem fortes. Mas de felicidade. Não me lembro da última vez que isto me tinha acontecido.

Estou com medo de acordar e ver que as últimas horas não passaram de um sonho. De um sonho quase quase perfeito.

De regresso do Norte

E de partida para a ilha passar o Natal com a família.


Venho com o coração cheio. De muita amizade e não só.
Novidades mais tarde. Ou talvez não. Porque há coisas demasiado especiais para serem partilhadas. Mas por outro lado só me apetece gritar ao mundo que...pois. Tenho pensar melhor que isto ainda está muito fresco.
Mas por enquanto é só isto que interessa: estou feliz. Amanhã não sei. Mas hoje estou muito, muito feliz.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rapazinho


Tu gostas de deixar o mistério no ar. Gostas de me fazer sofrer. Eu já percebi que sim (chato). E, como tal, sabes que vou andar perto de ti durante três dias mas não me dizes em qual dos três é que vais decidir dar um ar de tua graça. Até aqui tudo bem (quer dizer, mais ou menos), porque eu não tenho propriamente um programa rígido para cumprir. E o objectivo da viagem é passear e matar as saudadonas (gigantes) de uma amiga.

O que tu não estás a ter em conta são dois pequenos (grandes) pormenores: eu sou gaja, e até te acho alguma piada. O que se traduz no seguinte: obrigaste-me a passar HORAS a escolher três conjuntos de roupa que, além de adequados ao gelo que vai estar aí em cima, sejam minimamente apresentáveis. Achas bem, achas?
Tu sabes lá trabalheira que isto deu.

E agora, com a vossa licença, Gelatina Maria vai seguir viagem rumo ao Norte.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A eterna sensibilidade masculina


Em conversa com o ex...
Eu: Gostas das minhas botas novas?
Ele: São giras, mas eu estava contigo quando as compraste, lembras-te?
Eu: As botas que tu compraste comigo são castanhas! Estas são camel, ca-mel! (E completamente diferentes, diga-se de passagem).

Meninas que me lêem: vocês percebem a gigante diferença que há entre as duas (mesmo que apenas baseadas na cor), não percebem? Eu sei que sim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Das desvantagens de não publicar a "solteirice" no FB


O ex encontrar uma amiga nossa, quase seis meses depois de acabarmos, ela ainda não saber de nada e fazer a conversa típica "E a Gelatina como está? Vocês têm que ir os dois lá a casa" e coisas que tal.
E ele, coitado, não conseguiu dizer nada. Deixou a batata quente aqui para a Gelatina Maria (é justo, afinal de contas a amiga é minha).

Mas o que é que se faz nestas alturas? Manda-se uma mensagem aos amigos a dizer "Meus queridos, eu e o "Zé" acabámos? Realmente tenho que admitir que os estados no FB até têm as suas vantagens. Mas mesmo assim não quero.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Solidão

E não é aquela de estar rodeada de gente e mesmo assim se sentir sozinha. É daquela em que já não temos mais coragem de pedir a ajuda daqueles que nos amam porque sabemos a merda de pessoa que temos sido nos últimos tempos.

Sinto um vazio gigante dentro de mim. Sinto-me completamente desnorteada. Sinto-me a descer o mais fundo que é possível descer. E quero subir, quero mesmo, mas não consigo. Não sei a que mais me agarrar.

Não tenho um trabalho. Não sei que trabalho quero ter. E ando a lutar há meses por um cuja probabilidade de conseguir é muito pouca.

Estou sozinha nesta casa. Dia após dia. A estudar de manhã à noite. Detesto viver sozinha. Detesto com todas as minhas forças. Detesto não saber o que quero da vida. Detesto ter perdido o meu namorado ao mesmo tempo que esta porra toda. Detesto ser uma fraca. Mas não sei ser forte quando não tenho onde me agarrar. Não sei. E não consigo lutar mais. Não consigo. Não consigo. Não consigo!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Enerva-me profundamente

Sentir que sou tratada de forma diferente no mesmo estabelecimento comercial dependendo do facto de ir com a minha melhor amiga, que tem a minha idade (ou com o ex, era a mesma coisa) ou com a minha mãe ou pai.

Será que preciso de fazer 40 anos para começar a ser visível? Oh gentinha mais preconceituosa.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Segundas tentativas...sim ou não?


Hoje soube de um casal que estava separado há uns tempos e que voltou. E só me ocorreu pensar "Coitados, tanto tempo a sofrer desde que acabaram para voltar ao mesmo estado de deprimência daqui a uns meses". E quando um amigo do casal disse que "o amor vence tudo" eu pensei "yeah, right. não digas antes que foram uns fracos, não...". Eu perdi a conta às vezes que me apeteceu fazer isso, e não foi só por amor, foi mesmo por fraqueza.

Eu sei que cada caso é um caso, e não digo que desta água não beberei porque ninguém sabe o futuro. Mas sinceramente conheço poucos ou mesmo nenhum caso de situações destas que tenham dado certo à segunda.
Ou bem que passa muito tempo e as pessoas mudaram ou...não sei não. Mas claro que há sempre as excepções que confirmam a regra. Eu é que não as conheço.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sem qualquer justificação aparente


O alarve que vive dentro de mim e estava adormecido há uns meses despertou há coisa de uma semana.
Querem ver que o gajo sentiu que o Natal estava a chegar e pensou que não era tarde nem cedo? É que logo agora não se faz, caramba. Não aguentava só até Janeiro?

Uma da manhã e estou no segundo saco de mini chips ahoy. E estou sozinha em casa, o que significa que não tenho ninguém a quem pedir para me esconder o resto da caixa antes que eu me levante e caminhe em busca da terceira vítima.
Isto está bonito. Ai está está.

Vou mas é para a cama. Mas antes disso acho que ainda passo pela despensa. Só para ver se deixei tudo arrumadinho, claro.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Hoje é daqueles dias em que eu tinha muito para escrever aqui mas o facto de existirem pessoas que me conhecem e que lêem este blogue impede que isso aconteça. Por isso remeto-me ao silêncio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Há 6 semanas que espero por este dia


Está um dia cinzento?
Pois hoje, para mim, faz um sol desgraçado. Pelo menos cá dentro.

domingo, 5 de dezembro de 2010

24 horas


24 horas para voltar a receber mensagens tuas. Para voltar a ter conversas a horas indecentes.
Para deixarmos de estar a 7 horas de diferença e 10000km de distância.

Isto se o vento e a neve forem bonzinhos.

E, mais uma vez, se tu sequer sonhasses com a existência deste blogue, era coisinha para eu me enfiar num buraco bem fundo até 2012.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Almas gémeas?


Não sei se isso existe. Para ser sincera até acho que não. Mas se existir eu encontrei a minha, mas em "versão" amiga. Não tenho a mais pequena sombra de dúvida disso.
Sou uma privilegiada. Sou mesmo.

Os amores vão e vêm. Mas a minha Maria sei que vai ficar. Para sempre.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Piroso, muito muito piroso

É o que eu acho dos perfis de Facebook do género "Cátia e Manel" ou "Jacinta e José" ou whatever.


A ideia até pode ser boa (não, não acredito nisso) mas soa sempre a cachorrinho que tem a coleira bem posta e não pode pôr o pézinho fora da casota.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Das datas especiais

1 de Dezembro de 1999...

Os meus pais tinham viajado e eu aproveitei (já diz o ditado que patrão fora dia santo na loja) para ir ao cinema com ele e com os nossos primos.
Já sabia que aquele ia ser um dia especial. Eu ia preparada para o pedido (com 12 anos há sempre aquele intermediário que nos conta o que o outro lhe foi contar de propósito para nós sabermos mas sem nunca esquecer a ressalva "não lhe digas que eu te contei").
Fomos ver "A mansão" (para quem não conhece...não, não é uma comédia romântica, é mesmo um filme de terror. na altura não havia muito por onde escolher e o que nos importava mesmo era o pedido, mais nada).


Ele, tímido como eu nunca tinha visto igual, esperou pelos 15 minutos finais do filme, quando eu já tinha praticamente me mentalizado que não ia acontecer, para me perguntar à moda antiga, com todas as letrinhas "Queres namorar comigo?". E eu, apesar de já saber que aquilo ia acontecer, congelei e só consegui acenar que sim com a cabeça.

Não, não houve beijinho depois. Não houve sequer um encosto de mão...nada! E quando saímos do cinema parecia que nem nos conhecíamos: ia eu à frente com a minha prima e ele atrás com o primo dele (tínhamos 12/13 anos, sim?).

Mas isso não interessava nada porque nós já eramos "oficialmente" namorados.

Não durou para sempre, mas foi bom enquanto durou.

E para ti aqui fica um beijo enorme. E parabéns a nós por 11 anos de amizade. És mesmo especial.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bonito bonito


É virarmos a esquina e vermos o nosso autocarro já na paragem, irmos buscar as forças que temos e as que não temos para dar o sprint da nossa vida para chegar a tempo de apanhá-lo e, quando estamos já a meter o pé lá dentro (a pensar que até estamos com sorte de ele ter estado parado tanto tempo), o condutor nos dizer que está avariado e só depois repararmos que os passageiros já estavam todos a se levantar para sair.

Mas mais bonito ainda é depois termos que esperar pelo próximo autocarro (com o maior ar de naturalidade do mundo) na mesma paragem que a multidão que nos viu fazer essa triste figura.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Numa troca de mensagens com a Maria

Eu: Estou a ficar cada vez mais apanhadinha...
Ela: Pois...eu vi que ele pôs fotos hoje no Facebook de tronco nu.


Parva. Não é que eu não tenha gostado de ver mas não era nada disso. 
Oh tamanha insensibilidade em relação aos sentimentos duma pessoa...

sábado, 27 de novembro de 2010

Não sei se sabes mas


Gosto de ti.
Gosto um bocadinho grande de ti.

Quem sabe um dia eu te diga, quem sabe.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Conversa com o tal amigo #2


Eu: Então e o nascer do sol, gostaste?
Ele: Podia ter sido melhor.
Eu: Então...? (pensamento: Não...ele não vai dizer que...não!).
Ele: Não estavas cá.
Disse!

Quem não sabia o que dizer depois era eu...

Jesus, mi abana que o meu coraçãozinho não aguenta estas coisas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Às vezes até eu própria me baralho, mas eu explico

Eu não tenho saudades do ex. Pelo menos não nas condições em que estávamos no fim do namoro. Do que eu tenho saudades é dos momentos felizes que passámos juntos durante anos (e que foram tantos!) mas que sei que já não iam continuar a acontecer (daí termos decidido acabar).

Porque não é por ter chegado ao fim que ele deixou de ser a pessoa com quem passei os momentos mais felizes da minha vida até hoje. Assim como não é por ter aparecido alguém que me tem despertado algum interesse (quando eu estava quieta no meu canto e completamente noutra...ainda estou para perceber como é que isto aconteceu) que vou sentir menos saudades da companhia dele no Natal.

Porque o Natal é tempo de família, e ele fez (e faz!) parte da minha família. Daquela que se escolhe. E vai doer horrores não poder partilhar com ele esta época especial como antes. Porque não dá. Porque não pode ser. E isso é uma bela duma porcaria. Porque sempre fomos, para além de namorados, melhores amigos. E custa ter que perder um bocadinho disso junto com aquilo que já não interessava. Custa bastante.

Mas estamos completamente resolvidos em relação ao nosso namoro. Foi bom sim senhor, a maior parte do tempo, mas acabou. Não quero, não queremos voltar atrás.

Gelatina Maria versão Grinch*

Sabem quando perdemos um ente querido e nos custa horrores pensar nas datas festivas porque já não vamos ter essa pessoa connosco naquela altura especial?
É esse o meu sentimento este ano em relação ao Natal.

 Eu sei que não é a mesma coisa, obviamente. Estamos os dois vivos e continuamos amigos. Mas o Natal que eu conheço desde 1999 já era. O nosso programa especial do dia 23. O irmos juntos à missa do galo e depois comermos bolos e chá na minha casa. O ir à casa dele no dia 25 à tarde jogar às cartas e conversar. O fazer a troca de prendas com a família toda dele no dia 26. Acabou.


Este ano não faço árvore de Natal (para além de estar a viver sozinha, não vou passar o Natal em Lisboa). Este ano não me apetece ouvir músicas de Natal. Este ano não tenho vontade de comprar prendas. Este ano não quero comer Ferrero Rochers.
Este ano eu não me importava de saltar o mês de Dezembro e passar logo para Janeiro.

Mas volto ao meu estado de adepta fervorosa desta época em 2011, prometo.

*Não, não vou arruinar o Natal a ninguém. Também não chega a tanto.

Adenda: Imaginem um familiar que passou os últimos 10 Natais convosco e que este ano não vai estar lá porque, sei lá, foi viajar. Conseguem perceber a ideia? Aguenta-se, não é o fim do mundo, mas custa um bocado. É isso.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conversa com o tal amigo (aquele que está do outro lado do mundo)


Ele: Vou daqui a pouco ver o nascer do sol. Queres vir?
Eu: Sim! Mas como já não devo chegar a tempo não seja por isso, também há sol cá em Portugal :p.
Ele: Isso é um convite?
Eu ainda me pus com rodeios mas ele insistiu na pergunta. 

Pois então é sim (claro que é sim!). Sim! Sim! Sim! Pode ser já amanhã?

Ai que me dava uma coisinha má se ele descobrisse o blogue.

Vocês devem pensar "Mas esta gaja tanto está de rastos como depois aparece a suspirar pelos cantos?!". Pois...é este o efeito que ele tem sobre mim. Ele tem sido, sem sombra de dúvida, o principal responsável pelos poucos raios de sol na minha vida nos últimos tempos (o principal, Maria, mas não o único, sim?).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Posso acordar só em Dezembro?

Quanto menos tempo falta para voltares, mais comprido parece cada dia...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Saudades


Tenho saudades dos tempos em que era simples uma estudante universitária, que voltava para casa ao fim do dia, e adormecia nos braços do namorado.
Tenho saudades de quando os meus problemas eram o excesso de trabalhos de casa e exames, ou que jantar fazer para nós dois.

Tenho tantas, tantas saudades de ser feliz.

domingo, 21 de novembro de 2010

E dormir que é bom...

Estas noites de fim de semana sozinha em casa não matam mas moem.

Mas o que mói mais é, depois de quase 11 anos a cuidar de ti, não poder fazê-lo quando mais precisas só porque não é "politicamente correcto". Eu quero é que o politicamente correcto se lixe. Principalmente quando sei que ninguém sabe cuidar melhor de ti melhor do que eu.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Agradável, não é?


Quando decidimos enfardar um prato cheio de porcaria e na televisão começam a falar de comida saudável e das doenças causadas por uma má alimentação.
Remédio Santo. Para ficar com um peso na consciência do tamanho do mundo. Não propriamente para parar de comer.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quanto ao amor ainda não me decidi


Mas na amizade eterna eu acredito.
Já há alguns anos, quando eu e ele tivemos uma crise no namoro, prometemos que iamos ser amigos para sempre. E sempre usámos este filme, um dos meus preferidos (senão o preferido) da Disney, Papuça e Dentuça, para fazer juras de amizade eterna.
Tanto o cão como a raposa são "homens" mas isso não interessa nada. Eu sou o Toby e ele é o Dódó. E de vez em quando trocamos estas mesmas palavras, do filme:

- Toby, você é o meu melhor amigo.
- Você também é o meu, Dódó.
- Nós vamos ser amigos para sempre, não vamos?
- É...para sempre!

Isto tudo a propósito do novo "jogo" do Facebook, que eu achei o máximo. Esta foi a imagem que eu escolhi. E ele está devidamente "tagado" enquanto Dódó :p (e vice-versa).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Das desilusões da vida

Eu sou daquelas pessoas estúpidas de tão boazinhas (o que poderia ser chamado de falsa modéstia se estivessemos a falar de uma qualidade). Daquelas que, quando gosta a sério, põe os outros antes de si própria (grande erro). Daquelas para quem não há sacrifício que não possa ser feito (pelos outros, claro). Não interessa se vou ser prejudicada ou não. Se eu gosto, dou mesmo tudo.
E faço isto há anos. O que não é a pior coisa do mundo quando é feito pelas pessoas certas.


O problema surge quando essas pessoas, aquelas por quem fazemos tudo e sempre achávamos que fariam quase o mesmo por nós (o mesmo também eu não pediria, até porque para burra já basto eu), nos fazem uma daquelas que poderíamos esperar do mundo todo menos delas. E é aí que o mundo desmorona e o chão nos foge dos pés.

Mas a maior lição que eu tenho que tirar de tudo isto é simples: não foi a primeira nem vai ser a última vez que isto vai acontecer. As pessoas vão continuar a me desiludir. Sempre. E já que eu não as posso mudar a elas, talvez devesse começar a pensar em me mudar a mim e a dar menos aos outros. Talvez assim as facadas comecem a doer menos.

Sim, este blogue anda num estado de deprimência assustador e não garanto melhoras para breve.

domingo, 14 de novembro de 2010

Fundo do poço

A vantagem de chegar ao fundo do poço é a de que pelo menos pior do que isso não fica.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sexta-feira à noite

Chego a casa às 23 horas depois de uma tarde e noite de estudo intensivo. A casa está vazia, como de costume nos últimos tempos. Ponho a tocar RFM (que esta noite está especialmente deprimente). Invade-me uma vontade gigante de me deitar no sofá a chorar até não aguentar mais.

Anda um espectáculo esta minha vida. Há voluntários para troca?

Das pessoas especiais da minha vida


Se há coisa que me põe sempre um sorriso no rosto é receber uma mensagem logo de manhã só a desejar bom dia, sem mais nada, principalmente quando estou mais em baixo. E tenho um primo que de vez em quando me faz isso. Adoro.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O contrário do amor não é o ódio

É a indiferença.


Hoje ouvi esta frase na aula de espanhol, numa entrevista que o jornalista Jesús Quintero fez a Eduardo Punset (ex ministro espanhol que entretanto se dedicou a estudar a felicidade).
Eu nunca tinha pensado dessa forma, mas é tão verdade...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Não, nem sempre esta amizade é cor de rosa. Não, eu não sou de ferro.

Há quatro meses atrás decidimos dar início a um processo doloroso. Um processo que sabíamos que ia ser composto por várias fases inevitáveis.

Acabou de chegar uma das últimas. E com ela uma dor difícil de descrever. Um sentimento egoísta e mesquinho que me invadiu. Algo de que eu não me orgulho nem um bocadinho. Mas nestas coisas do coração não se manda. E eu até queria que não doesse, queria muito, mas está a doer tanto.


Continuo a adorar-te. E a querer o melhor para ti, sempre. Mas hoje isso está um bocado (daqueles mesmo grandes) mais difícil.
Prometo que vou voltar a ser a pessoa de que tanto gostas e te orgulhas e a querer para ti tanto como quero para mim. Mas hoje não consigo. Desculpa.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Depois da tempestade...

Quando parece que o dia não pode ficar mais cinzento e que as forças se esgotaram por completo, apareces tu e, nem que seja por cinco minutos, atrás dum monitor, no outro lado do mundo, fazes tudo parecer tão mais fácil.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quando é tarde demais

Tenho o hábito (defeito ou qualidade, depende da perspectiva e da dosagem da coisa - às vezes abuso, assumo) de ser muito maternal para as pessoas de quem gosto a sério.
Há dias estava a jantar com o ex e saiu-me mais uma das minhas perguntas "à mãezinha" (às quais ele muitas vezes respondia em tom de frete) e, quando eu achava que ele me ia mandar dar uma curva num tom simpático (afinal de contas lá se foi o tempo em que ele era obrigado a "levar" comigo, pelo menos nestes termos), sai-se com esta: "Tenho saudades que se preocupem assim comigo...".*


E é assim... Desta vez foi com ele. Outras é comigo. E arrisco-me a dizer que não acontece só connosco.
Muitas vezes só damos o devido valor a certos pormenores (ou "pormaiores" também) quando já é tarde. 

Mas eu tenho feito um esforço cada dia maior para contrariar essa tendência.

* Para ti: Mas estás muito enganadinho se pensas que deixo de me preocupar contigo assim. És demasiado especial para isso acontecer.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu, limitada, me confesso


Tenho tanta inveja das pessoas que conseguem ler ou estudar (enfim, ter alguma espécie de concentração) enquanto ouvem música...

E quem diz isto diz conseguir concentrar-me na minha leitura enquanto estão pessoas à minha volta no metro ou no autocarro a conversar. Queria tanto!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Obrigada necessidade por obrigares

Quando vivia com ele era tão fácil dizer "Não sei fazer. Amor, fazes?". Na maioria das vezes sem sequer me dar ao trabalho de tentar a sério. Até para abrir um garrafão de água (coisa que ainda não sou perita a fazer...devo ter um problema qualquer com garrafas, não sei) lá tinha Gelatina Maria que pedir ajuda.


O facto é que estou a  viver sozinha há quase um mês e ainda não morri de sede, nem tive que recorrer à torneira para isso não acontecer.
É muito simples: não consigo à primeira, tento uma segunda e uma terceira até conseguir. E consigo. Tão simples quanto isso. E quem diz o garrafão de água diz muitas outras coisas. Coisas que há uns tempos era tão mais fácil dizer que não sabia fazer do que me dar ao trabalho de tentar.

É caso para dizer: a necessidade obriga, e ainda bem que assim é.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Natal antecipado de Gelatina Maria - Parte I




Há um lado da cama que agora está vazio. Já a mesa de cabeceira, há muitos anos que não via tanto inquilino novo a entrar e a sair com tanta frequência.
Pois é meus amigos, não há conchinha nem miminhos mas há muita leitura, e da boa (há que ver sempre o lado positivo das coisas, certo?).

Alguém já leu algum? Fiz boas escolhas?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pais em Lisboa por esta altura significa...

...que já tenho as minhas prendas de Natal (para mim, pois claro :p) compradas! Oh yeah!


E quer-me parecer que algumas delas vão ser usadas antes do tempo porque estou farta de guardar roupa para o Natal para depois vê-la daí a uma semana a metade do preço sem ainda ter sequer estreado.
Depois embrulha-se outra vez. Ou então compra-se mais qualquer coisinha...simbólica, claro!

Lá se foi o bom comportamento todo para o caneco

Desde que cheguei da Madeira desta vez ainda não tinha comprado um chocolate que fosse cá para casa. Durante 6 anos foi coisa que nunca faltou no móvel da desgraça. Podia faltar tudo cá em casa, menos chocolate.
Ultimamente tenho passado por eles no supermercado e tenho consigo não parar (é o que eu digo, aquela p*** da pílula era potente).



E estava tão orgulhosa de mim própria. Pois...estava!
Os meus pais trouxeram-me três caixas personalizadas da Bélgica com os meus chocolates preferidos (com a agravante que agora vivo sozinha e nem ajuda para dar cabo deles tenho).

Acho que vou fugir de casa. É isso ou não respondo por mim.

sábado, 30 de outubro de 2010

Do fim de semana (o meu e o deles)

As três pessoas que mais me têm aturado nos últimos tempos estão bem dispersas por esse mundo fora (uma delas, infelizmente, não é só durante o fim de semana, é praticamente durante um século - não no calendário, entenda-se, mas na forma como o sinto).


Mas isso não interessa nada, porque vou ter comigo os dois maiores amores da minha vida, com quem já não estou desde Setembro. E esta casa, que tem estado tão vazia, vai ficar tão completa.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Isto é só para ver se começa a soar familiar*


Eu não tenho namorado.
Mais: eu tenho um ex-namorado (oh pra mim tão moderna!).
Tenho que confessar que continua a soar estranho proferir estas frases.

*Até porque entretanto já se passaram 4 meses sem ti. Ou melhor, com uma nova vertente de ti (ou então com aquela que já vinha tendo o papel principal há mais tempo do que era suposto e nós não insistiamos em não ver...é capaz de ser mais isso).

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Leituras dos últimos tempos

Este não ficou na minha lista de favoritos.

Este também não adorei. Comprei por conhecer o autor e porque era pequeno e queria começar a ler em espanhol. E nesse aspecto correu bem. A partir de agora tudo o que sejam escritores espanhóis aqui a Gelatina Maria não quer mais saber de traduções.

E agora segue-se este, que tanto promete, e que a ideia era ser livro de cabeceira mas pelo que dizem vai conseguir tudo menos ajudar-me a adormecer...certo?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nós não somos normais, mas eu gosto de nós assim

No Sábado o ex veio almoçar cá a casa.  De repente estava ele a usar o meu pc e diz-me "Nunca mais li o teu blogue" (pois, ele sabe do blogue. uma merda, eu sei). E eu, que tinha acabado de vos falar pela primeira vez daquele assunto, disse-lhe "Pois...se calhar é melhor não leres mesmo." (eu já lhe tinha contado que tinha surgido uma amizade mas como é óbvio não me pus com detalhes).
Claro que bastou eu dizer isto para ele ficar cheio de curiosidade. E não aguentou enquanto não leu. Momento nada constrangedor portanto. Depois contei-lhe que tinha estado com ele na véspera.


Quando estávamos os dois na cozinha a fazer o almoço ele olha para mim com mais atenção e diz-me "Ena, até pintaste os olhos e tudo?" (eu raramente me pinto). E desatámos os dois a rir. Fiz um risco nos olhos tão fininho que quando cheguei a casa nem me lembrei de tirá-lo. Está a ficar perspicaz o rapaz!

E para ti que lês isto (e por vezes não devias):
És mesmo especial, sabias? E um dia que as circunstâncias da vida nos obriguem a uma distância maior vai-me custar muito.
Mas para ti só desejo o melhor. Sempre.Não interessa com quem (mas de preferência que seja com alguém que te mereça, sim?). O que interessa é que sejas feliz.
E pronto, estou de lágrima no canto do olho.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda agora chegaste à minha vida

E já te vais embora durante tanto tempo.
Pode ser que seja bom. Pode ser que seja da maneira que o meu coraçãozinho tenha as merecidas férias, que bem está a precisar de umas (a culpa não é minha, eu bem que tentei, mas não tenho tido a vida nada facilitada nesse aspecto).


Só há um pequeno problema: é que os dias sem ti já não têm a mesma piada.
Por isso faz-me um favor e vê se voltas depressa, sim?
Estou a contar os dias. E são tantos...